Ei, menina não chora não

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A verdade é que minha vida está um caos, meu quarto eu nem reconheço mais, esses estados súbitos e repentinos de extremos, uma hora alegre outra hora triste.
Eu tento falar pra ela que tudo vai mudar, que as coisas vão melhorar, mas até quando eu consigo ficar mentindo assim, o reflexo no espelho insiste em dizer a verdade. Não sei o que é pior saber a verdade e mesmo assim tentar omitir ou fingir não saber e se enganar, no final é tudo igual.
Nada mudou, antes ou agora ou depois. Me encontro aqui na mesma situação, sem motivos, cheia de porquês, uma tonelada de choro engasgado na gargantas e tantas memorias que não queria guardar.

Isso me lembra o quão dramática e melancólica eu sou, o quanto chorona e bobona eu já fui. As vezes eu me pergunto se vale tanto a pena, manter essa armadura cheia de rachaduras. Acho que o mais triste é perder pra dar valor. É tão complicado escrever um texto linear, sem pensamentos soltos, eu juro que quando abro a página em branco tantas coisas me surgem na cabeça mais na hora que começo a colocar pra fora, parece que mais nada faz tanto sentido e algo me diz que eu só preciso continuar assim, sofrendo calada. 

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